O Maior Obstáculo Para Adotar Não É o Que Você Pensa

O Que Te Impede de Adotar? Vamos Conversar Sobre Isso

Você já pensou em adotar, mas algo te fez hesitar? Talvez o medo de não criar um vínculo, a incerteza sobre o processo ou até mesmo histórias que ouviu e que te deixaram inseguro. Se alguma dessas dúvidas já passou pela sua cabeça, fica comigo! Hoje, quero conversar com você de forma sincera sobre esses medos e te mostrar que, apesar das incertezas, a adoção pode ser uma das decisões mais lindas e transformadoras da sua vida.

Eu entendo. Adotar é um passo enorme e, para muitas pessoas, um verdadeiro salto no escuro. O medo da adoção não vem do nada. Ele nasce de dúvidas, de histórias que ouvimos, de incertezas sobre o futuro. E é normal sentir esse receio. O desconhecido sempre assusta, mas quando a gente entende melhor o que está por trás desse medo, tudo pode mudar.

Muita gente tem medo de não conseguir amar um filho adotivo, como amaria um filho biológico. Mas o amor não nasce apenas do sangue, nasce do cuidado, do carinho, do tempo compartilhado. Pense nos amigos mais próximos que você tem. O que construiu esse vínculo? Foi o convívio, a cumplicidade, a presença. O mesmo acontece com a adoção. O amor se constroi no dia a dia, nos pequenos momentos, nos abraços e nas palavras de incentivo.

Outro medo muito comum é a história da criança. Muitas pessoas temem que, por ter vindo de um orfanato ou de uma situação difícil, a criança tenha traumas impossíveis de superar. A verdade é que todas as crianças (adotadas ou não) passam por desafios emocionais em algum momento da vida. E, com amor, apoio e segurança, elas podem superar qualquer dificuldade. O que realmente importa é estar presente, ouvir e ajudar essa criança a construir um novo caminho.

Tem também o medo da burocracia. “E se demorar demais? E se eu não conseguir passar na avaliação?” O processo de adoção tem várias etapas, sim, mas cada uma delas existe por um motivo. É para garantir que a criança irá para um lar seguro e cheio de amor. Não é um empecilho, e sim uma forma de proteger todos os envolvidos. Pode levar tempo, mas cada segundo vale a pena quando você finalmente encontra seu filho nos seus braços.

O medo da rejeição é outro fator que impede muitas pessoas de adotarem. “E se a criança não me aceitar?” A verdade é que qualquer relacionamento precisa de tempo para se fortalecer. As crianças que esperam por uma família podem levar um tempo para confiar, mas isso não significa que elas nunca vão amar você. Dê espaço, respeite o tempo dela, e o vínculo vai acontecer de forma natural.

Muitas pessoas também têm medo do que a sociedade vai dizer. “O que os outros vão pensar?” “E se a criança sofrer preconceito?” A verdade é que sempre haverá pessoas para criticar qualquer decisão que tomamos. Mas e se, ao invés de pensar no que os outros vão dizer, você pensar no impacto que pode causar na vida de uma criança? Sua coragem de adotar pode mudar um destino, dar uma nova chance, transformar um futuro.

Outro grande receio é em relação à família biológica. “E se os pais biológicos voltarem para buscar a criança?” Esse é um medo compreensível, mas importante lembrar que a adoção é um processo legalmente seguro. Quando finalizada, a criança se torna, de fato, seu filho perante a lei. Não há risco de “perder” a criança, pois ela passa a ter todos os direitos de um filho biológico.

Outra preocupação é com a idade da criança. Muitas pessoas acreditam que apenas bebês podem se adaptar a uma nova família. Mas crianças maiores e adolescentes também têm o desejo de pertencer a um lar. Eles também querem pais, uma família, um lugar seguro para chamar de casa. A conexão pode levar tempo, mas a gratidão e o amor que você pode receber de uma criança mais velha é algo indescritível.

Existe também o medo financeiro. “Será que vou conseguir dar tudo o que a criança precisa?” A verdade é que o que uma criança mais precisa é amor, segurança e presença. Claro que a parte financeira é importante, mas isso não significa que você precisa ser rico para adotar. O essencial é poder oferecer um lar estável e garantir que as necessidades da criança sejam atendidas.

E, por fim, há o medo de não estar pronto. “Será que vou ser um bom pai ou uma boa mãe?” A verdade é que ninguém está 100% pronto para ser pai ou mãe. A parentalidade é um aprendizado constante, seja por meio da adoção ou da criação de um filho biológico. O mais importante é estar disposto a aprender, a crescer e a oferecer amor.

A adoção pode até assustar no início, mas acredite: ela é um dos atos de amor mais lindos que existem. Eu sei disso porque vivi essa experiência. Eu também tive medos, incertezas e questionei muitas coisas ao longo do caminho. Mas hoje, olhando para minha filha, vejo que cada passo valeu a pena. O amor que construímos é verdadeiro, forte e transformador. Se você tem esse desejo no coração, não deixe que o medo te impeça de seguir em frente.

A adoção é sobre dar e receber amor. É sobre transformação, coragem e entrega. E eu quero te encorajar a dar esse passo, porque posso te garantir: o amor que você vai receber em troca é infinitamente maior do que qualquer medo.

Sandra T. Ferreira

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