
Uma história emocionante de adoção que mudou para sempre a vida de uma família
Dois Corações, Um Só Destino
Meu nome é Pedro, tenho 42 anos, e vou contar como a adoção me ensinou o verdadeiro significado de família.
Eu e minha esposa, Ana, estávamos casados há mais de 10 anos. Desde o começo, falávamos em ter filhos, construir aquela casa cheia de risadas, brinquedos espalhados e jantares bagunçados de domingo. Mas os anos passaram… e as tentativas falharam.
Fizemos exames, consultas, tratamentos… nada. Até que um dia, cansados, decidimos parar. E foi nesse silêncio que a ideia da adoção começou a nascer. No começo, confesso que fui eu quem hesitou. Tinha medo de não conseguir amar como se fosse meu.
Ana, sempre doce e firme, disse:
“Pedro… amor não nasce no sangue. Nasce no cuidado.”
Essas palavras ficaram na minha cabeça.
Decidimos entrar com o processo, e a espera foi longa, cheia de incertezas. Todo mês era aquela expectativa: será que chegou a nossa vez? Será que ele ou ela já nasceu? Está bem? Está esperando a gente?
Até que, um dia, veio a ligação.
“Temos um menino, Pedro. Ele se chama Miguel, tem 6 anos.”
Eu travei. Sempre imaginei um bebê, mas ali estava um menino… já com lembranças, marcas, personalidade. Eu temia que fosse difícil, que ele não gostasse de mim. Mas fomos.
Quando entrei na sala, Miguel estava desenhando. Não levantou, nem sorriu. Só olhou de canto de olho.
Ana ajoelhou e disse:
“Oi, Miguel, tudo bem? Nós somos Pedro e Ana.”
Ele não respondeu. Entregou pra ela um desenho. Era ele, de mãos dadas com dois adultos. Chorei na hora.
Ele disse baixinho:
“Aqui sou eu, e esses dois são vocês.”
Naquele momento, tudo fez sentido.
Levamos meses para nos ajustar. Ele tinha pesadelos, não confiava facilmente. Mas cada passo, cada vitória, cada abraço, foi nos unindo. Aos poucos, o menino fechado foi se tornando brincalhão, carinhoso, cheio de vida.

Hoje ele tem 9 anos. Me chama de pai com orgulho, e eu o chamo de meu filho, meu presente, meu milagre. Aprendi que adoção não é sobre tirar alguém de um lugar, mas sobre colocar alguém no coração. E Miguel preencheu o nosso.
Se eu pudesse dizer algo a quem sonha com a adoção, seria:
“O amor mais bonito é aquele que se escolhe todos os dias.”
Sandra T Ferreira
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